O Teixo
Taxus baccata L.
Trata-se de uma gimnospérmica de porte arbustivo ou arbóreo, podendo
atingir mais de 15 metros, nativa de quase toda a Europa, América do Norte e do
Sul, Norte de África, Ásia e Austrália, cultivada como ornamental em diferentes
regiões do mundo. Em Portugal não é abundante, apresenta populações muito
importantes no Parque Nacional da Peneda-Gerês e no Parque Natural da Serra da Estrela onde existem exemplares com idades superiores a 1000 anos. São grandes vítimas
dos incêndios sistemáticos e é uma das razões da espécie estar em declínio em território
nacional, associado ao facto de se tratar de uma espécie dióica, ou seja com indivíduos
femininos e masculinos, não se podendo reproduzir se o sexo oposto nas
proximidades não existir devido a ter sido destruído pelo fogo.
Toda a planta é extremamente tóxica, com excepção nos exemplares femininos de
uma estrutura carnosa de vermelho vivo que cobre a semente (visível nas imagens
em baixo), o arilo. Alguns militares romanos suicidavam-se com esta espécie
após uma derrota. A madeira é de elevada qualidade, flexível e utilizada
durante muitos anos para o fabrico de armas de guerra e caça, nomeadamente
arcos levando a um declínio acentuado da espécie na Europa no século XVI, no
entanto, já os romanos utilizavam este taxon para o fabrico de lanças e anteriormente
por faraós egípcios para construir os seus sarcófagos.
Deste género Taxus L., extrai-se
o Taxol, fármaco muito importante usado na luta contra o cancro, hoje
sintetizado quimicamente pela indústria farmacêutica.
Para alguns autores a etimologia do Rio Tejo deriva do Teixo (nome vulgar
em Espanha: Tejo)
Mais informações:
Exemplo de uma localização no Jardim
Exemplo de uma localização no seu habitat natural (Poço do Inferno, Parque Natural da Serra da Estrela)
Imagens: