Durante uma visita ao Jardim Botânico é possível observar, embora nem sempre seja fácil, uma elevada
diversidade de espécies de liquenes (a crescerem sobre as árvores,
no solo e nas pedras do lago, entre outros substratos) que evidencia a função do Jardim Botânico como refúgio de biodiversidade. O elevado número de líquenes indica ainda a boa qualidade do ar existente no Jardim.
Os líquenes são organismos muito particulares, que resultam de uma associação simbiótica estável entre um fungo e uma alga, ou uma cianobactéria. Esta associação permite que os líquenes se desenvolvam em habitats onde nenhum dos seus constituintes conseguiria sobreviver sozinho (ex: o deserto).
Os líquenes são organismos muito particulares, que resultam de uma associação simbiótica estável entre um fungo e uma alga, ou uma cianobactéria. Esta associação permite que os líquenes se desenvolvam em habitats onde nenhum dos seus constituintes conseguiria sobreviver sozinho (ex: o deserto).
A simbiose confere aos líquenes
características muito próprias, entre as quais uma elevada sensibilidade a
poluentes ambientais que os torna excelentes indicadores da qualidade do ar e
do habitat. A sensibilidade diferencial das espécies liquénicas a poluentes
atmosféricos possibilita a realização de estudos que visam a avaliação da
qualidade do ar, numa determinada área, com base no número e tipo de espécies
existentes. De um modo geral, um elevado número de espécies é sempre indicador de
boa qualidade atmosférica.
Parmélia verde (Flavoparmelia caperata) na base de palmeira
Líquene dos copinhos (líquene do género Cladonia) sobre palmeira
Diversos talos liquénicos a crescerem sobre cimento
Inúmeros talos de Diploicia canescens (branco) sobre ritidoma